Exposições Angela Leite esta semana em SP

quarta-feira 03 de Dezembro de 2008, por Angela Leite
palavras-chave: final de ano; angela; exposição; meio ambiente; xilogravura

Olá, amigas e amigos, como vamos de fim de ano?

Gostaria de convidá-los para as duas exposições que faço esta semana em São Paulo.

A primeira acontece no Centro Cultural do Instituto Butantan (Av. Vital Brasil, 1.500), por ocasião da X Reunião Científica Anual do Butantan. A exposição vai de 4ª a 6ª (3 a 5 de dezembro) e fica aberta à visitação das 9h às 16h30 (estarei lá das 11h às 16h na 4ª e 6ª).

A outra exposição acontece na 5ª (4 de dezembro) no Café Colon (Rua Alagoas, 555, ao lado da Pça. Buenos Aires) e a visitação vai das 11h às 18h. Neste dia, ficarei o tempo todo no Café Colon.

Se por um lado o convite chega um pouco em cima da hora, vale dizer que as exposições foram agendadas esses dias mesmo. E sempre é tempo de nos reencontrarmos - ainda mais nessa época do ano, não? Aguardo vocês, acompanhada dos meus bichos e árvores, das minhas gravuras, camisetas e cartões.

Qualquer coisa, me escrevam.

Um grande abraço e felicidades,

Angela




Fauna e flora em exposição permanente

quinta-feira 18 de Setembro de 2008, por Pedro Biondi
palavras-chave: Angela Leite; arte; baleias; ecologia; fauna e flora brasileiras; meio ambiente; preservação; site; xilogravura

Xilogravuras e desenhos presentes no site de Angela Leite traduzem quatro décadas de arte em defesa do meio ambiente

A artista plástica Angela Leite passa a ter sua obra disponível na internet. Na página www.angelaleite.com.br estão reunidas quase 200 gravuras e desenhos, frutos de quatro décadas voltadas à arte e à defesa do meio ambiente.

<!--[if !supportEmptyParas]-->No site, onças, borboletas e papagaios de todos os naipes circulam entre jequitibás, cedros e variadas palmeiras, enquanto baleias, golfinhos e tartarugas-marinhas experimentam o oceano. <!--[endif]-->

Ali também estão depoimentos e textos críticos sobre a obra e o engajamento da artista. Entre eles, de Ibsen de Gusmão Câmara, Álvaro Machado, Carlos Von Schmidt, Antonio Carlos Abdalla e Aloysio Biondi (confira alguns ao final destas páginas).

Em seus 40 anos de carreira, Angela Leite trabalhou sobretudo com a xilogravura, a gravura em madeira. Realizou também diversos desenhos com lápis de cor e com nanquim. Para ampliar o diálogo entre arte e rigor científico que marca sua obra, ela recorre a pesquisadores e à literatura especializada, além de dedicar-se à exaustiva observação dos animais em seu hábitat ou em cativeiro. As árvores passaram a fazer parte de sua obra em 1996.

“Liberado das imposições da função descritiva e documentária, o desenho de bichos pode adquirir uma nova dimensão, humana e participante”, anotou o zoólogo Paulo Vanzolini, sobre a obra da artista. “A forma despojada e íntegra, o detalhe extremamente bem dosado, a compreensão da identidade do animal, contribuem para que seja transmitido um sentido da unidade fundamental de tudo o que vive, não apenas conceitual e filosófico, mas também com limpa emoção.” O crítico Olívio Tavares de Araújo destaca “um desenho seguro” e “um corte impecável”, e conclui: “Angela consegue jogar majestosa e claramente seus bichos no espaço”.

O modo de trabalhar e a militância

“Meu ofício vira arte quando traduz claramente expressões de espécies distintas”, analisa Angela Leite. No seu dizer, a imagem ideal é o flagrante de um momento da vida de um indivíduo de uma determinada espécie, que traduz o modo de ser daquele bicho. “Quando isso acontece, o espectador é conduzido para perto do ser retratado e tem despertada a sensibilidade necessária para viver alegrias remotas. Veredas distantes dialogam, a gravura teve sucesso e eu sinto que cumpri minha missão.”

<!--[if !supportEmptyParas]-->Nascida em 1950 no Rio de Janeiro, ela se dedica desde 1968 à arte em defesa do meio ambiente. A militância também se dá por meio de palestras, oficinas, artigos e entrevistas em defesa da fauna e da flora, em especial as brasileiras. <!--[endif]-->

<!--[if !supportEmptyParas]-->Angela colaborou com textos de temática ambiental em jornais e revistas como IstoÉ, Veja, O Estado de S.Paulo, Jornal da Tarde e Shopping News. Na televisão, gravou para Repórter ECO, da TV Cultura, e Animal Planet, do Discovery Channel. <!--[endif]-->

A artista desenvolve atividades de conscientização e sensibilização às questões da natureza com escolas públicas e particulares. Realizou diversas parcerias com instituições e empresas em iniciativas conservacionistas ou de enfoque ambiental – <!--[if !supportEmptyParas]-->a exemplo da Universidade de São Paulo, Embrapa, Senac, Sesc, Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, Santista Têxtil e Artex. <!--[endif]-->

Participa e promove doações a campanhas de entidades como a União em Defesa da Natureza e a Rede Pró-Unidades de Conservação. É membro-fundador da União em Defesa das Baleias, entidade que teve participação fundamental na proibição da caça aos cetáceos nos mares brasileiros, conquistada na década de 1980.

Trajetória artística

<!--[if !supportEmptyParas]-->Presente em mais de 200 mostras e detentora de prêmios em salões e exposições, a artista exibiu seus trabalhos em mostra individual na Embaixada Brasileira em Washington, Estados Unidos, em 1991, e mereceu uma sala especial no Dronninglund Kunstcenter, na Dinamarca, em 1990. Também recebeu nove premiações no circuito nacional e o R.H.J. Hintelmann Kunstpreis de 1997, no Museu da Coleção Zoológica de Munique, Alemanha. <!--[endif]-->

Em 1992, realizou exposição individual no Rio de Janeiro, dentro da programação de eventos paralelos à ECO-92. Ao longo de sua carreira, participou de dez mostras de abordagem ecológica. Suas criações estiveram presentes em 18 individuais, quatro delas fora do Brasil: San José (Costa Rica), Assunção (Paraguai) e as já citadas. Em mais de 60 mostras coletivas estaduais, nacionais e internacionais, estas em Taipé (Taiwan), Nova Iorque (EUA) e Ourense (Espanha), além de Munique. Angela expôs ainda em 30 coletivas em galerias e ateliês.

Mais sobre o site

Ao lado das gravuras e dos desenhos, a página reúne textos da autora – reflexões e crônicas sobre os bichos e árvores desenhados, bem como artigos opinativos. As reproduções são acompanhadas de nome científico e distribuição das espécies.

O internauta também pode conhecer e encomendar camisetas e cartões que trazem trabalhos de Angela – são, respectivamente, 52 e 63 diferentes imagens.

A página foi construída por Antonio Biondi (organização) e Renato de Almeida Prado (design e organização – www.rdeap.com.br) e pela empresa Factorweb (programação – www.factorweb.com.br), com a colaboração de pesquisadores, fotógrafos, artistas, amigos e parentes.

Contato para entrevistas e mais informações

Antonio Biondi
(5511) 3743-7567 / (5511) 7488-5449
angelaleite.gravura@uol.com.br


O olhar dos críticos <!--[endif]-->

Suas centenas de obras espalhadas pelo mundo – e possíveis pela reprodução de seus múltiplos – são um constante manifesto e um alerta a milhares de pessoas que contemplam seus trabalhos, e têm avivadas suas consciências pelo produto de uma paixão pela Arte que é, assim, meio e suporte para sua batalha contínua e pacífica em defesa das bandeiras ecológicas.
Antonio Carlos Abdalla, 2006

Seus temas refletem preocupações ecológicas e suas representações de alguns animais – em especial a baleia jubarte – tornaram-se uma espécie de marca registrada na gravura brasileira, um “clássico”, assim como a vaga no instante da arrebentação na gravura japonesa, guardadas as proporções.
Álvaro Machado, 2004

Esse universo plástico, essencialmente humano e selvagem, é desvendado nessa exposição (“Seleção Natural”) delicada, rigorosa e detalhista, num trabalho de mensagem ecológica correto e de memória gráfica de primeiro nível. Uma arte que vem da alma sincera e brasileira da artista – que deve merecer apoio total do público.
Luiz Ernesto Kawall, 2004

Liberado das imposições da função descritiva e documentária, o desenho de bichos pode adquirir uma nova dimensão, humana e participante. A forma despojada e íntegra, o detalhe extremamente bem dosado, a compreensão da identidade do animal, contribuem para que seja transmitido um sentido da unidade fundamental de tudo o que vive, não apenas conceitual e filosófico, mas também com limpa emoção. É no que reflete um zoólogo contemplando os bichos de Angela Leite.
Paulo Vanzolini, 1994

É para mim particularmente grato testemunhar o fato que de que a artista plástica Angela Leite tem dedicado seus dons artísticos à defesa da natureza brasileira, divulgando em excelentes trabalhos nossos animais sob ameaça de extinção.
Ibsen Gusmão Câmara, 1993

Em seus desenhos, como na xilogravura, Angela Leite exibe uma arte na qual a obsessão é mostrar os bichos que defende não através de um viés mórbido, como vítimas de extermínio. Angela Leite prefere exaltá-los, mostrá-los como exemplos de vida bem sucedida – e, por isso mesmo, a ser preservada.
Aloysio Biondi, 1992

<!--[if !supportEmptyParas]-->

Seus animais de pelo e pena não têm (aleluia!) o rigor estático dos desenhos científicos, mas o movimento do amor e da liberdade. Ela não falseia nada. Fica fiel à realidade. Só que vai mais longe e flagra os animais no momento do amor e da alegria de viver. Não é arrivista e nem oportunista. Desenha seus (nossos) animais desde 1968, quando a palavra ECOLOGIA não existia nas bocas brasileiras.
Olney Krüse, 1988

Acredito que dos gravadores brasileiros que se dedicam à xilo, Angela Leite é a que está mais próxima da trilha percorrida por Goeldi. Suas gravuras possuem a mesma força que encontramos na do mestre. Angela Leite sabe como Goeldi, tirar da madeira, do papel, do branco e do preto, mundos de sensações inéditas.
Carlos Von Schmidt, 1984

Servida por um desenho seguro e por um corte impecável, Angela consegue jogar majestosa e claramente seus bichos no espaço. O clima do conjunto ressuscita algo da vocação e tradição narrativas da xilogravura, que desde a Idade Média serve por excelência à ilustração. E é sempre clara e direta em suas intenções.
Olívio Tavares de Araújo, 1984





Expediente site Angela Leite

quinta-feira 18 de Setembro de 2008, por Antonio Biondi
palavras-chave:

Organização
Antonio Biondi e Renato de Almeida Prado

Design
Renato de Almeida Prado

Programação
Factorweb Business Solutions

Consultoria
Almirante Ibsen de Gusmão Câmara (Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação – Rede Pró-UC)
Angela Kuczach (Universidade Federal do Paraná e Rede Pró-UC)

Carlos Campaner (Museu Paulista de Zoologia)

Carlos Jared (Instituto Butantan)
Eudoxia Maria Froehlich (Universidade de São Paulo)
Luís Fábio Silveira (Universidade de São Paulo)
Marta Antoniazzi (Instituto Butantan)
Miguel Trefaut Rodrigues (Universidade de São Paulo)

Fotografias
Bio Zenha
Christiano Zoubaref

Daniel Garcia
Guilherme Perez

Ivison
Marcos Diniz

Design cartões
Hélio de Almeida

Agradecimentos
Anna Lia de Almeida Prado

Antonia Ávila Pereira Vio
Antonio Carlos Abdalla
Beth Carmona

Bia Biondi
Claudia Vada Souza Ferreira
Cristina Costa
Dinah Flusser
Eduardo Musa
Eléa de Oliveira Leite
Ely Bueno
Emília Auyagui
Flora Brasília
Francisco Bueno de Aguiar
Geraldo Leite
Heloisa Arrobas Martins
Laurabeatriz
Leonardo Teixeira Alves
Lourdes Xandó Rosa
Luiz Bueno de Aguiar
Maria Lúcia de Araújo Andrade
Miguel Flusser

Nicolas Von Behr
Pedro Biondi

Raphael Carpi

Yoshico Aiba Desiderio
Yvette Piha Lehman

Apoio
Cintia Aparecida Campos
Francisco Domingos
Luci Alves da Silva
Luzia de Andrade Silva
Maria Belmiro Lima (Lita)
Rosa de Souza Nogueira
Sônia de Paula Diniz




anterior próxima