Angela Leite realiza 'Oficina das Palmeiras' no SP Estampa 2012
domingo 08 de Abril de 2012, por Angela Leite
palavras-chave: Angela Leite; curso; jerivá; juçara; oficina; palmeiras; SP Estampa; workshop; xilogravura
No mês de maio, a artista plástica Angela Leite oferecerá um workshop sobre xilogravura e duas espécies de palmeiras nativas do Brasil - jerivá e juçara. O curso, que combinará conceitos e práticas de arte e educação ambiental, integra a programação do SP Estampa 2012.
Confira abaixo todas as informações sobre o curso. E participe!
WORKSHOP DE XILOGRAVURA “OFICINA DAS PALMEIRAS”
ARTISTA RESPONSÁVEL: ANGELA LEITE
LOCAL: ATELIER ANGELA LEITE
PERÍODO: De 5 a 12 de maio de 2012
INTRODUÇÃO
O curso compreende atividades de campo com enfoque em palmeiras, especificamente o Jerivá e a Juçara, e trabalhos de xilogravura no atelier da Angela Leite.
Com mais de 200 espécies nativas, o Brasil já foi chamado de "Terra das Palmeiras" pelos Tupi. Essas árvores admiráveis (ditas "Príncipes" enquanto ordem botânica) – e seus cocais – estão associadas a diversas paisagens: veredas, praias paradisíacas, os mais áridos sertões, matas sempre úmidas, o cerrado em suas muitas variantes.
Além de fornecer alimento a inúmeros animais, elas têm lugar central no paisagismo. Estão presentes em ruas, praças, canteiros, jardins e praças à beira-mar ou interior adentro – mesmo em São Paulo, a cidade mais edificada do país.
Para nossas atividades, cada participante elegerá uma das duas espécies nativas, o Jerivá ou a Juçara, que marcam presença no espaço paulistano, representativas de sua natureza original, onde os viçosos cerradinhos dos campos de Piratininga eram margeados por ilhas de Mata Atlântica.
A 1ª opção é o exuberante Jerivá (Syagrus romanzoffiana), "Queen palm" para os de fora, que caiu no gosto dos jardineiros da cidade e continua a dispensar coquinhos em profusão para a fauna urbana remanescente, durante todo o verão.
A 2ª opção é a elegante Juçara (Euterpe edulis), famosa pelo excelente palmito-doce, alvo de preocupação e defesa dos ambientalistas, que alertam para o consumo responsável e destacam seu papel de fruteira generosa para um sem-número de consumidores silvestres, de março a junho.
ARTE E CIDADANIA
É mais fácil lutar pelo conhecido, o próximo, o familiar. No mais particular encontramos o mais universal.
O método da Oficina sugere um estudo das espécies, objeto dos trabalhos, e de sua circunstância ambiental.
Tomaremos as palmeiras como tema. Presença da mata ou do cerradinho primitivo, replantadas em seu espaço próprio, marcam um princípio de regeneração da natureza que suaviza a hostilidade da concretude urbana. Alguns exemplares da megalópolis serão oferecidos como protagonistas, em bairros distintos, promovendo, assim, a convivência do aluno com sua palmeira de eleição, primeiro passo para o engajamento na recuperação do ambiente paulistano.
OBJETIVO
As duas espécies, objeto dos estudos, serão o centro de nossa atenção. A convivência individual com a palmeira adotada trará como resultado final, ao participante do workshop, sua imagem em xilogravura, coroamento da experiência proposta.
ATIVIDADES DE CAMPO
Contato com as palmeiras: A observação minuciosa é o primeiro passo. Dimensionamento, sensações, fotos, cheiro, folhas e casca caídas no chão são o material principal do projeto. Mais de uma visita pode gerar resultados surpreendentes; em horários distintos, ainda melhor.
Pesquisa particular a respeito da espécie escolhida será recomendada para o aprofundamento da experiência. Farta bibliografia poderá ser consultada em bibliotecas públicas ou no próprio atelier da artista, em proporções mais modestas.
Contato com xilogravuras: Exame do trabalho em madeira de gravadores experientes em museus, livros e galerias é atividade muito recomendada para que o iniciante reconheça a linguagem desta técnica. Na Galeria Gravura Brasileira está disponível um leque variado de xilogravuras, autores e técnicas.
ATIVIDADES NO ATELIER DA ARTISTA
O atelier estará repleto de matrizes da autora, com suas respectivas impressões, servindo como material de pesquisa para os participantes.
As atividades no atelier serão realizadas em 4 encontros:
1º encontro (abertura da oficina para todos os participantes): Introdução ao mundo da xilogravura e à vida das palmeiras na visão de Angela Leite.
2° encontro: Avaliação do projeto no papel e a qualidade do lixamento do pequeno taco. Serão exemplificados, para os alunos, rudimentos de cortes de xilogravura com as ferramentas disponíveis.
3° encontro: Conclusão dos trabalhos na matriz de madeira, gravados pelos aluno. E apreciação pelos colegas, resultando em estímulo para próximos projetos.
4° encontro (encerramento da Oficina para todos os participantes): Demonstração do processo de impressão de matrizes de Palmeiras gravadas, tanto pela artista, quanto pelos alunos, com o apoio do impressor João de Góis Caldas.
CONCLUSÃO
Os trabalhos gerados em xilogravura serão todos voltados para o tema e modelo da oficina. Acreditamos que a observação, envolvimento, materialização e o conhecimento são a maneira mais segura de adotar uma espécie e preservá-la.
A permanência do Jerivá e da Juçara, presentes no ecosistema natural da cidade, devolve a ela qualidades que lhe são próprias.
As safras copiosas de coquinhos amarelos ou pretos, respectivamente, podem trazer de volta e manter toda a gama de seres vivos (de insetos polinizadores a grandes mamíferos) que marcaram presença um dia neste planalto.
Suas grandes palmas, sempre balançantes, prestam-se a arejar a atmosfera carregada da cidade atual.
A própria visão destes leques ao vento, tão destoantes do cimento e fuligem, muito barulho e pouca cor que cobriram os capins-cheirosas dos primeiros tempos, desafiam o espectador a alistar-se no pequeno exército que acredita ter nas próprias mãos o remédio para o planeta.
PÚBLICO ALVO: Artistas, pessoas interessadas em xilogravura, cidadãos preocupados com meio ambiente.
INFORMAÇÕES SOBRE O LOCAL DO CURSO: ATELIER ANGELA LEITE
Rua Heitor de Souza Pinheiro, 300, Super Quadra Morumbi, CEP 05750-230, São Paulo, SP
HORÁRIO: Estão previstas duas turmas, à opção dos participantes.
Turma da tarde:
- 5 de maio (sábado), das 15 às 19h – abertura
- 9 e 11 de maio (4a e 6a), das 14 às 17 horas
- 12 de maio (sábado), das 17 às 20 horas – encerramento
Turma da noite:
- 5 de maio (sábado), das 15 às 19h – abertura
- 8 e 10 da maio (3a e 5a), das 19 às 22 horas
- 12 de maio (sábado), das 17 às 20 horas – encerramento
NUMERO MÁXIMO DE PARTICIPANTES POR TURMA: 5
PREÇO: R$ 400,00 (material não incluso, a ser providenciado pelos participantes)
MATERIAL A SER PROVIDENCIADO PELOS PARTICIPANTES:
- Um pequeno pedaço de madeira (+ ou - 10 x 10 cm ou 20 X 20), tomando a precaução de usar espécies plantadas para comércio, de uso liberado.
- Lixas de quatro espessuras (gramatura de 80, 100, 150 e 220, por exemplo), que serão utilizadas pelo aluno para lixar a madeira no sentido do fio, da lixa mais grossa até a mais fina, obtendo-se uma superfície homogênea e sedosa.
- Um estojo de xilogravura, à venda na Casa do Artista, entre outras lojas, deverá ser adquirido para o trabalho de cada aluno.
- Algumas folhas próprias para impressão de xilografia (papel de arroz).
PARA INSCRIÇÕES OU MAIS INFORMAÇÕES ENTRAR EM CONTATO COM ANGELA LEITE.
(11) 8542-3042 ou (11) 3743-7567
angelaleite.gravura@uol.com.br
www.angelaleite.com.br