Lança mão de um extenso leque de madeiras de gravação, mas com certeza nenhuma delas ameaçada de extinção, já que a artista também é uma conhecida campeã na defesa da fauna e flora brasileiras. Seus temas refletem preocupações ecológicas e suas representações de alguns animais – em especial a baleia jubarte – tornaram-se uma espécie de marca registrada na gravura brasileira, um “clássico”, assim como a vaga no instante da arrebentação na gravura japonesa, guardadas as proporções. Nesta mostra, Angela conduz ainda nosso olhar à compreensão plena da natureza de extraordinárias árvores e palmeiras nativas, como o majestoso buriti, alem de praticas composições zoológicas que assumem, às vezes, curiosos efeitos “trompe l´oeil”, à maneira do grande Escher.
Álvaro Machado – 2004
A artista desenvolve atividades de sensibilização às questões da natureza com escolas e instituições. Participa de campanhas de entidades como a União em Defesa da Natureza e a Rede Pró-Unidades de Conservação e é membro-fundador da União em Defesa das Baleias. Ministra, também, cursos de xilogravura combinados ao conteúdo ambiental e de sustentabilidade.