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Brasileirinhos

Brasileirinhos

O tema dramático da extinção das espécies pode ser transmitido em cores atraentes para os verdes anos que dependem de nossos cuidados. A mensagem alarmante pode comprometê-los precocemente a engrossar as fileiras preservacionistas. Estará então cumprido um dos possíveis papéis que se espera da melhor literatura infanto-juvenil.

No calendário da devastação, agosto é o mês das queimadas. Uma parte do
Brasil vira carvão com todos os seus moradores, menos ou mais ameaçados da
fauna ou da flora – não importa.

Longe de perceberem que zelar pelo meio ambiente é investir na felicidade de seu povo, governantes e governados, em sua maioria, fazem vista grossa à derrubada de hectares de floresta perene, em troca não da verdura para os pratos vazios, mas da monocultura que alimenta o bolso de uns poucos. Fogem de seu alcance a proporção desastrosa e o engano cruel quanto à vocação dos solos tropicais florestados.

Em vez de se valerem de criativas ilhas de excelências nacionais (Embrapa e outras de igual valor), que pregam a revitalização de áreas já desmatadas com técnicas mais recentes de produção, a pressão eleitoreira e a urgência da fome embaçam a indignação da minoria mais esclarecida.

Esta preciosa safrinha em defesa dos brasileirinhos desprotegidos vem colhendo a cada ano mais e mais adesões dessa tropinha curiosa que só deseja vibrar com a nossa premiada natureza.

Angela Leite – 2005

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